A importância dos vídeos na Educação a Distância

          A educação a distância surgiu no século XIX, mas foi somente no século XX, que se observou um movimento de estabilidade e ampliação da EAD. No Brasil, por volta da década de 20, segundo Saraiva (apud OLIVEIRA, 2013), a criação da EAD foi realizada por Roquete-Pinto, entre 1922 e 1925, na Rádio Sociedade de Rio de Janeiro. De acordo com Oliveira (2013), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n 9.394 de 20 de dezembro de 1996) possibilitou o amplo acesso à educação através de um plano sistemático de radiodifusão. Entre as décadas de 1970 e 1980, organizações não governamentais e fundações privadas, começaram a oferta de cursos complementar à distância, no modelo de teleducação, com aulas via satélite, por kits de materiais didáticos impressos, delimitando a chegada da Educação a Distância no Brasil. Hoje, mais de 80 países, nos cinco continentes, adotam a Educação a Distância em todos os níveis de ensino, atendendo milhões de estudantes. (apud ALVES, 2011). Como diz Oliveira (2013), o vídeo tem sido cada vez mais utilizado como recurso pedagógico, pois alcança múltiplos estilos de aprendizagem e de inteligências. Pesquisadores apontam que muitos alunos aprendem melhor quando submetidos a estímulos visuais e sonoros.

          Os vídeos constituem-se em ferramentas dinâmicas, que sensibilizam e motivam os alunos no processo de ensino-aprendizagem de maneira lúdica, pois o vídeo permite brincar com a realidade, além de mostra-la onde quer que seja necessário ou desejável (OLIVEIRA, 2013, p.6).

Em seguida analisarei três métodos de aprendizagem a distância: Telecurso, Livemocha e Khan Academy.

O Telecurso é um sistema educacional de educação a distância brasileiro, criado em 1978 pelo jornalista Francisco Calazans Fernandes, com aulas de geografia, história, biologia, sociologia, filosofia, língua portuguesa, inglês, matemática, física química, teatro, música e artes plásticas, referentes a matérias do ensino fundamental e também do ensino médio, sendo exibido na Rede Globo, e também no Youtube. Os vídeos do Telecurso são compostos por atores e atrizes em uma aula expositiva ao ar livre. O Telecurso pode ser considerado como uma videoconferência, que possibilita as pessoas de diferentes espaços interagirem através de canais de comunicação. O novo Telecurso criado por Roberto Marinho disponibiliza cursos técnicos para pessoas que já terminaram o ensino médio. Destina-se também a trabalhadores que desejam construir e ampliar conhecimentos profissionais e ter uma habilitação na área de Mecânica (Telecurso Profissionalizante).

O Livemocha é um ambiente virtual de aprendizagem e interação com falantes nativos ao redor do mundo. Ensina árabe, búlgaro, chinês, holandês, esperanto, finlandês, alemão, hebraico, húngaro, italiano, coreano, lituana, polonês, português, russo, eslovaca, sueco, ucraniano, croata, parse, letonês, inglês, francês, grego, hindi, indonésia, japonês, espanhol, turco, marathi, urdo, romeno e sérvio. Oferece uma experiência de aprendizado excepcional que ajuda na conversação, com uma tabela de exercícios, vídeos, áudio e texto síncronas para ajudar a pronúncia. Os vídeos de cada aula do Livemocha duram no máximo dois minutos.

          Khan Academy é um site sem fins lucrativos, que promove uma educação de nível internacional gratuita, criado por Salman Khan, um educador americano que descobriu sua paixão pelo ensino ao dar aulas de álgebra para sua prima. Outros amigos procuraram sua ajuda, tornando-se mais prático distribuir suas aulas pelo Youtube. Salman propõe que educadores se apropriem do uso das tecnologias para usá-las como ferramenta de ensino. Em suas aulas ele não aparece, por acreditar que a presença de um professor distraia a aprendizagem. Desde 2012, escolas públicas brasileiras usam a plataforma de exercícios similar disponível na Khan Academy em inglês. O objetivo é contribuir para a melhoria do desempenho dos alunos em matemática e experimentar a metodologia em sala de aula, aliado à formação e à contribuição dos professores. Na ferramenta, cada aluno avança no seu próprio ritmo, assistindo aos vídeos e fazendo os exercícios correspondentes e os professores monitorando a aprendizagem de cada aluno em tempo real. Os vídeos podem auxiliar a aprendizagem, proporcionando ao aluno uma “nova forma de compreender, desenvolver e construir o conhecimento”. (LIMA, 2005).

Os três métodos oferecem a vantagem de estudar e de poder assistir aos vídeos a qualquer hora e em qualquer lugar, onde haja conexão com a internet. O Telecurso e a Khan Academy são gratuitos. No Livemocha existem três níveis de aprendizagem: básico, intermediário e avançado, com 60 aulas em cada nível, sendo que no nível avançado as aulas são cobradas. Por outro lado, a desvantagem de estudar a distância é não ter um contato humano entre professor e aluno dentro de uma sala de aula, pois quando um aluno precisa de uma ajuda em algum exercício, ele irá recorrer ao professor.

Esses sites me ajudaram muito, principalmente o Khan e o Livemocha, minhas notas de inglês e matemática melhoraram bastante depois que passei a estudar com esses dois métodos. Em contrapartida, o Telecurso desviou a minha atenção por ter a presença de atores em cena. De modo geral o estudo através de vídeos proporcionou para mim uma grande conquista e um desempenho melhor, pois passei a entender mais as matérias com  que tinha dificuldade na escola. E para aqueles jovens que desistiram de estudar, trata-se de uma maneira produtiva de estudo, usando o método de vídeo aulas.

REFERÊNCIAS:

LIMA, C. F. Tecnologias da informação e comunicação como suporte para uma pedagogia orientada a projetos,  2005. Disponível em http://hdl.handle.net/10183/7878, acessado em: 15/11/2014.

ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Artigo 7 Volume 10 – 2011.

OLIVEIRA, D. S. O uso do vídeo em EAD. Desafios no processo de ensino e aprendizagem. Revista Cesuca Virtual: Conhecimento sem fronteiras. V.1, N.1, julho de 2013. Disponível em http: //ois.cesuca.edu.br/índex.php/ cesucavirtual. Acesso em 10/10/2014.

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